Entre as etapas de uma consulta com um Especialista em Reprodução Humana, é primordial uma seção de perguntas e respostas sobre infertilidade e gravidez. A busca por um tratamento de Reprodução Humana é sempre cercada de dúvidas e incertezas, por isso é muito importante tirar todas as dúvidas existentes com seu médico.

Pensando nisso, preparamos 8 Perguntas e Respostas sobre Fertilidade e Gravidez, que aparecem sempre no consultório. Confira abaixo!

  1. Laqueadura tubária – melhor reversão ou fertilização in vitro?

    A mulher que fez laqueadura tubária pode engravidar através das técnicas de reprodução assistida, FIV clássica ou ICSI, tendo seus resultados muito superiores à cirurgia de reversão da laqueadura tubária, já que o retorno a permeabilidade tubária obtida por esta técnica, não significa a obtenção de gravidez, além de ser outro procedimento cirúrgico.

    As chances de gravidez são até 4-5 X melhor de engravidar em relação as chances espontaneamente quando você engravidou anteriormente. Uma grande vantagem para estas pacientes é já terem um dia engravidado, o que funciona como o melhor teste de todo o aparelho reprodutor feminino.

  2. Fiz vasectomia – qual melhor forma de ter nova gravidez?

    Homens submetidos a vasectomia (secção / ligadura do canal deferente para interrupção da emissão de espermatozoides no sêmen), poderão ter seus espermatozoides obtidos do epidídimo e/ou testículo por procedimento simples, sob anestesia local, através de punção com agulha fina ou retirada de pequeno fragmento testicular, na própria clínica de reprodução em que esta sendo feito o tratamento para engravidar.

    Estes espermatozoides poderão ser utilizados para uma fertilização in vitro com injeção intracitoplasmática (ICSI) no óvulo, com índice de gravidez muito superior à cirurgia de reversão da vasectomia.

  3. Homem com ausência total de espermatozoides no sêmen (azoospermia) – como resolver?

    Existem várias causas de azoospermia, mas não ter espermatozoides no sêmen ejaculado, não significa que não poderemos obtê-los do epidídimo ou mesmo dos testículos, através de pequeno fragmento retirado, sob anestesia local. Esta biópsia testicular não é causa de impotência ou menor virilidade masculina.

    Uma avaliação médico-laboratorial irá indicar a melhor conduta, e se ainda assim não for possível a obtenção de espermatozoides próprios, existe a possibilidade do uso de amostra de sêmen de doador, que é obtido de banco de sêmen de São Paulo, sob rígido controle de qualidade, infecção e absoluto sigilo.

    Teste de Infertilidade Masculina: Como é feito o diagnóstico?

  4. Mioma uterino – dá para engravidar?

    O mioma uterino é uma das mais freqüentes patologias ginecológicas. Sua principal conseqüência, em termos reprodutivos, depende da localização do(s) mioma(s) e do aumento do volume uterino, que acarreta. Uma avaliação minuciosa poderá indicar se há a necessidade de tratamento clínico prévio ou indicação de cirurgia, antes da tentativa de engravidar. De qualquer forma, sempre se fará a opção conservadora de não retirada do útero.

  5. Ovários micropolicísticos e irregularidade menstrual dificultam engravidar?

    A Síndrome dos ovários micropolicísticos é uma das mais freqüentes disfunções ovarianas, que pode causar dificuldades para engravidar, porque está associado a anovulação crônica (não ovular) e irregularidade menstrual. Seu tratamento, em mãos experientes, na maioria das vezes é simples, ocorrendo a gravidez rapidamente. A resposta ovariana ao estimulo com hormônios acompanhado com ultrassom para identificar o momento correto da ovulação está normal e as vezes até com muitos óvulos, o que não é problema, mas a solução.

  6. Menopausa precoce – o que fazer?

    A menopausa precoce significa que ocorreu a falência ovariana, antes do tempo previsto. Portanto a mulher já não tem mais óvulos e produção hormonal, que possibilitem uma gravidez espontânea. A solução é lançar mão da doação de óvulos, isto é: são óvulos obtidos de pacientes jovens (com menos de 35 anos) que estejam fazendo tratamento para engravidar, que aceitam espontaneamente fazer a doação no anonimato (sem conhecer a quem vai doar/receber), sem ganhar dinheiro para isto, e que tenham um número grande de óvulos excedentes àqueles usados para seu próprio tratamento.

    Nestes casos o procedimento usado será sempre a reprodução assistida com ICSI. Outro fator a ser analisado é que esta criança terá em seu material genético 50% do pai e 50% do óvulo doado, sem nenhum material genético da paciente que recebeu o embrião. Mas em nossa experiência, isto não tem influenciado os casais que conseguiram filhos por esta alternativa. A transferência deste embrião e a gravidez evoluindo em seu útero, com todas as emoções e sensações físicas ocorrendo durante os 9 meses, fará com que você se sinta uma mãe plena de satisfações.

  7. Gravidez em pacientes acima dos 40 anos – tem chance?

    Nós sabemos que a idade materna é o fator mais importante para sucesso de uma gravidez, isto porque os óvulos têm a idade cronológica da paciente, ou seja, a mulher já nasce com o número de óvulos, que terá a vida inteira. A cada ciclo, muitos são estimulados (em torno de mil) a iniciarem seu amadurecimento até que um só chegue a ovulação.

    Os óvulos sofrem também a ação do envelhecimento, irradiação, poluentes e outros fatores que modificam suas estruturas celulares e diminuem a chance de fertilização e formação de embrião viável. Portanto quanto maior a idade, menores são os índices de sucesso em reprodução assistida, chegando ao fato da gravidez ser esporádica (com índices muito baixos) acima dos 43 anos.

    Isto não quer dizer que você não deva tentar, até porque existe a necessidade pessoal de se tentar todas as possibilidades. Mas em decorrência destes fatos, deve-se analisar a proposta de doação de óvulos, obtidos como se explicou na questão anterior. Se usarmos medicações apropriadas para prepará-la a receber um embrião, é possível sim que a gravidez ocorra, mesmo em pacientes de mais idade (50 anos, por exemplo), desde que você tenha uma boa saúde e útero saudável.

    Entenda a Relação entre Idade e Fertilidade Feminina

  8. Endometriose – o que fazer?

    A endometriose é o crescimento do tecido endometrial que reveste a cavidade uterina interna e que descama a cada menstruação, fora do local habitual. Acontece que este tecido pode se implantar em outros lugares, como as trompas, ovários, intestinos e a repercussão mais imediata é que este sangue fora dos vasos é um sinal de alerta para o organismo, trazendo dor e desencadeando os processos de reparação, que culminam com a formação de aderências e modificações da anatomia feminina, dificultando muito a gravidez.

    É muito importante então, que se faça um diagnóstico precoce da endometriose e uma avaliação do grau de acometimento anatômico, para se propor a técnica mais adequada para ocorrer uma gestação, já que a gravidez e as modificações hormonais, que dela decorrem, são o melhor tratamento para a endometriose. Em tese devemos aumentar o máximo suas chances de gravidez o que ocorrerá fazendo a fertilização in vitro.

Restou alguma dúvida que não foi tratada aqui? Não deixe de perguntar a um Especialista em Reprodução Humana!

Leave a reply