A revista Human Reproduction em seu exemplar de Setembro/Outubro 2016 traz um artigo de revisão interessante que nos dá um sopro bastante promissor sobre células tronco e os casos de pacientes com baixa quantidade de espermatozoides.
Em seu artigo Callista e Cols fazem uma revisão mostrado as atuais possibilidades de utilização de células tronco com técnicas de autotransplante, que poderão dar origem a uma nova população de espermatozoides em pacientes com Oligoastenozoospermia severa.
Sua principal utilização seria restaurar a fertilidade em pacientes sobreviventes de câncer testicular, mas também nos casos citados acima e talvez até tratar a azoospermia e restaurar problemas que poderiam ser transmitidos à seus filhos.
Para tanto tem sido desenvolvido técnicas de cultivo in vitro das células tronco germinativas, etapa crucial para sua aplicação clínica futura, para multiplicação das células remanescentes, que necessitam uma população maior para seu amadurecimento até as células germinativas maduras, para uso em Reprodução Assistida.
Embora ainda não seja possível sua utilização clínica mostra um futuro promissor.
Outras possibilidades
Também tem sido muito estudado a obtenção de células germinativas por manipulação genética. Óvulo dando origem à espermatozoides e espermatozoides dando origem à óvulos, questão abordada em uma mesa redonda sobre Manipulação Genética no 20º Congresso Brasileiro de Fertilização Assistida, realizado em setembro/16. Situação que ajudaria muitos casais homoafetivos a realizarem seus sonhos de maternidade/paternidade.