Fast-food e hábitos alimentares são uma questão de nosso dia-a-dia, senão para questões de dificuldades para engravidar, também por questões de hábitos relacionados à saúde como um todo. Mas esta é uma realidade de nossos dias, principalmente por nossa cultura ocidentalizada e pela propaganda massiva que permeiam novos hábitos.

Precisamos de alertas quanto ao nosso meio ambiente, nossos hábitos e de nossa saúde, quem sabe, para pouco a pouco nos conscientizarmos que é preciso mudanças, se quisermos viver bem e mais tempo.

Hábitos alimentares são de difícil comparação, mas tentativas de esclarecimentos são válidas mesmo que não expressem uma verdade absoluta.

A infertilidade, definida como a falta de uma gravidez clinicamente detectável ao longo de 12 meses, afeta milhões de casais em todo o mundo e está associada a uma carga emocional e econômica significativa.

Numerosos fatores de estilo de vida materno e paterno têm sido associados a reduções na fertilidade, incluindo:

  • tabagismo;
  • consumo excessivo de álcool;
  • drogas recreativas, bem como
  • a obesidade materna e paterna.

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O que dizem os estudos científicos sobre fast-food e infertilidade?

Embora muitos desses fatores de estilo de vida possam estar relacionados à dieta, os impactos específicos da dieta materna preconcepcional sobre a fertilidade permanecem pouco estudados.

Estudos anteriores se concentraram no papel da dieta nos desfechos de fertilidade entre mulheres diagnosticadas ou recebendo tratamento para infertilidade, e não na população em geral.

Nesses estudos, a maior adesão ao padrão alimentar mediterrâneo, que inclui maior ingestão de frutas, vegetais e peixe, foi associada a menos casais que consultaram um médico por dificuldades de engravidar e maior probabilidade de engravidar em casais submetidos a fertilização in vitro.

Da mesma forma, mulheres com uma pontuação maior na dieta, com base em recomendações dietéticas para grupos de alimentos básicos na Holanda (frutas, verduras, carne, peixe, produtos integrais e gorduras), tiveram maior chance de engravidar após o tratamento de fertilidade.

Em contraste, o maior consumo de alimentos com alto índice glicêmico e um maior consumo de energia a partir de gorduras trans foram associados a um risco aumentado de infertilidade por anovulação.

No geral, esses estudos indicam que alimentos mais saudáveis estão associados à melhoria da fertilidade.

Como a dieta é um fator reconhecível e modificável para uma série de resultados de saúde, a identificação de grupos alimentares associados à infertilidade é importante para ajudar as mulheres a melhorarem as chances de gravidez e devem ser discutidos  antes de qualquer tratamento específico.

Pesquisa em dieta pré-gestacional e tempo até a concepção ( TC ) em humanos é esparsa. Fatores que foram identificados têm sido geralmente em casais submetidos a tratamento de fertilidade, demonstrando um papel protetor com um padrão alimentar saudável ou um padrão alimentar mediterrânico, que inclui frutas, legumes e peixe.

Foi publicado recentemente trabalho em revista internacional com dados que apoiam este efeito protetor de alimentos que contêm uma variedade de antioxidantes e fitoquímicos, e que podem afetar beneficamente a fertilidade na préconcepção, na população jovem que está tentando engravidar espontaneamente.

Os fastfood são ricos em energia, com grandes quantidades de gordura saturada, sódio e açúcar.

Um estudo mostrou que gorduras saturadas contribuem com 79% da composição de ácidos graxos em oócitos de mulheres submetidas à fertilização in vitro, e uma maior concentração de ácidos graxos saturados no fluido folicular ovariano foi associada com números reduzidos de oócitos maduros.

Estudos em ratos mostraram que o excesso de ingestão de gordura na dieta aumentou o conteúdo lipídico e induziu lipotoxicidade e apoptose (morte celular) em células ovarianas.

Uma revisão recente em dietas masculinas e marcadores de fertilidade indicou que o maior consumo de frutas e verduras foi associado ao aumento da motilidade espermática, enquanto uma maior ingestão de alimentos ricos em gordura e doces pode diminuir a qualidade do sêmen.

Conclusão

Em conclusão, uma menor ingestão de frutas e alimentos antioxidantes, e uma maior ingestão de fast-food no período pré-concepção foram ambos associados a um maior TC e aumento do risco de infertilidade.

Pequenas modificações na orientação dietética podem ter benefícios para melhorar a fertilidade e devem ser encorajadas na população geral e em casais que buscam a concepção.

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