Alterações anatômicas podem diminuir as chances de uma gravidez natural, dificultando a fecundação ou a implantação embrionária no útero. Tais condições, como obstruções, aderências e malformações podem ser esclarecidas pelos exames de laparoscopia e histerossalpingografia.
Durante o processo de investigação e diagnóstico de infertilidade, após avaliação clínica e ultrassonográfica, complementar este procedimento pode ser um passo crucial. Dessa maneira, ambos são procedimentos de grande importância para mulheres que estão tentando engravidar.
Se você é uma delas e que saber mais a respeito, continue lendo este post!
Como é realizada a laparoscopia?
Trata-se de um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, porém, é realizado com anestesia em ambiente hospitalar. A laparoscopia permite a visualização do aparelho reprodutor feminino, sendo indicada para avaliar os ovários, trompas de Falópio, parte externa do útero e interior da cavidade pélvica.
Como preparação para o exame, introduz-se gás carbônico no abdômen da mulher, usando uma agulha através do umbigo. Essa medida visa aumentar o espaço entre os órgãos, evitando possíveis lesões durante o exame e facilitando o acesso às estruturas.
Então, é feita uma pequena incisão na cicatriz umbilical, por onde é introduzido o laparoscópio, uma ótica com câmera, que permite ao especialista visualizar o sistema reprodutor. Uma vez identificada alguma alteração, a laparoscopia diagnóstica pode se tornar cirúrgica, já tratando o problema encontrado.
O que é histerossalpingografia?
A histerossalpingografia é um raio-X da cavidade uterina e das trompas, feito através do colo e com o uso de contraste, permitindo a melhor visão da anatomia feminina, do útero aos ovários. Trata-se de um exame ambulatorial, simples e rápido, com duração de 20 a 30 minutos, realizado em serviços de radiologia.
Com a paciente deitada em posição ginecológica, é usado um espéculo — mesmo instrumento usado no exame ginecológico — para dilatação da entrada da vagina. Depois disso, um cateter flexível é introduzido no colo do útero, pelo qual será injetado o contraste à base de iodo, um líquido colorido que mapeia os órgãos, possibilitando registro das imagens por radiografia.
Qual a importância para quem quer engravidar?
A histerossalpingografia é exame complementar imprescindível para mulheres com dificuldades para engravidar, pois permite analisar o formato do útero e se há obstrução nas trompas. A laparoscopia é geralmente realizada em complemento à histerossalpingografia, visto que, além de mostrar obstruções, pode identificar e tratar doenças pélvicas anteriores.
Isso porque alterações na anatomia uterina são responsáveis por parte dos abortos de repetição e espontâneos, e obstruções nas trompas podem impedir o encontro do óvulo com os espermatozoides, ou ainda, que o embrião chegue ao útero, inviabilizando a gravidez.
Como é feito o diagnóstico de possíveis problemas?
Como vimos, as obstruções e aderências são um grande impeditivo à gravidez. Suas causas são diversas e cada exame auxiliará no diagnóstico delas, como:
Laparoscopia
- cistos ovarianos;
- endometriose;
- mioma uterino;
- gravidez ectópica
- malformação anatômica;
- aderências pélvicas
Histerossalpingografia
- malformação uterina;
- adenomiose;
- pólipos;
- aderências ou cicatrizes uterinas;
- hidrossalpinge (acúmulo de líquido nas tubas);
- bloqueio tubário por infecção ou cicatrização;
- espasmos tubários.
Muitas são as razões que impedem uma mulher de conseguir engravidar, entretanto, diversas delas têm tratamento. A laparoscopia e a histerossalpingografia são alguns dos exames fundamentais na busca por respostas da infertilidade feminina, podendo não só encontrar a causa como também promover o tratamento adequado a cada situação.
Se você quer saber mais sobre o diagnóstico de problemas de fertilidade, leia também o post 4 melhores exames para detectar infertilidade.