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Criopreservação

A criopreservação ou congelamento é uma técnica que consiste na conservação de células ou tecidos a temperaturas inferiores a 196ºC negativos. Inicialmente foram crio preservados, com sucesso, espermatozoides. Já na década de 80 relata-se o nascimento do primeiro bebê nascido de embrião humano congelado. Contudo, a criopreservação do gameta feminino (óvulo), por se tratar de uma célula relativamente grande, com grande volume de água intracelular, necessitou de diversos estudos para que pudesse ser realizada com êxito.

Espermatozoides

Espermatozoides congelados podem ser utilizados posteriormente em tratamentos de Reprodução Assistida (Inseminação, FIV, ICSI).

As indicações mais frequentes são:

  • congelamento antes dos tratamentos de câncer com quimioterapia ou radioterapia, que podem deixar os homens estéreis,
  • prévio a cirurgia de tumores de testículo,
  • prévio a cirurgia de vasectomia, para preservar amostra congelada a ser utilizada posteriormente,
  • pós vasectomia, quando se realiza biópsia testicular ou punção de epidídimo prévio a tratamento de reprodução assistida.

Embriões

Esta técnica permite o armazenamento dos embriões excedentes das técnicas de FIV e ICSI, podendo ser transferidos posteriormente em casos em que não houve gravidez ou, em casos que a paciente deseja ter mais filhos. Também tem muito interesse esta técnica, na prevenção das complicações graves da Síndrome de hiperestímulo ovariano, já que a gravidez produz uma grande quantidade de hormônios, que agravam esta condição. Congelar os embriões e transferir em ciclo seguinte é a melhor prevenção destas complicações.

Embriões congelados não perdem a validade, ou seja preservam suas características, sua carga genética e idade da época em que foram congelados e podem ficar guardados indefinidamente. Quando houver interesse, podem ser descongelados retornando ótimas chances de gravidez.

Oócitos (óvulos) – Preservação da Fertilidade

A primeira gestação descrita utilizando óvulos congelados foi reportada em 1986. As técnicas de criopreservação de óvulos vêm sendo aprimoradas desde então, observando-se atualmente um avanço notável nas taxas de fertilização. O armazenamento de embriões pode gerar discordâncias do ponto de vista ético e religioso; o de óvulo não, porque são células germinativas muito mais fáceis de se descartar.

Além disso, o congelamento de óvulos é uma excelente alternativa para a manutenção do futuro reprodutivo das mulheres. Isto, porque as mulheres estão postergando sua gravidez para após os 35 anos, o que reduz enormemente a qualidade do óvulo. Manter os óvulos congelados pode ser uma boa tática para uma futura gravidez, pois preserva a carga genética do óvulo com a idade em que foi congelado, e portanto preserva as chances de gravidez para esta idade, mesmo que você queira engravidar mais tardiamente.

Uma outra utilidade para o congelamento de óvulos é em pacientes que se submetem ao tratamento oncológico, como a quimioterapia e a radioterapia, que podem causar danos irreversíveis aos ovários. Pode-se também congelar óvulos quando houver a síndrome de hiperestímulo ovariano para fertilização posterior, embora não seja a primeira escolha.

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