A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) mais prevalente no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 92 milhões de novos casos são diagnosticados todos os anos, fora as ocorrências não registradas.

Quando não tratada corretamente, essa doença pode causar sérios danos ao trato reprodutivo de mulheres e homens. Isso faz dela uma grande inimiga de casais que desejam ter filhos.

Mas, afinal, é verdade que a clamídia pode causar infertilidade? A seguir, descubra isso e tudo mais sobre essa silenciosa doença:

Clamídia causa infertilidade?

Infelizmente, sim. As ações da bactéria Chlamydia trachomatis, causadora da doença, danificam a estrutura e prejudicam as funções do sistema reprodutor de indivíduos do sexo masculino e feminino. Em síntese: quando não é tratada da forma adequada, a clamídia leva à infertilidade.

No caso das mulheres, a bactéria rompe a barreira de proteção do colo do útero e se instala no órgão. Dali, atinge as mucosas do útero e das trompas, destruindo sua função: o encaminhamento do óvulo/embrião ao útero. No endométrio muitos estudos associam a Clamídia à uma entidade chamada endometrite crônica, que prejudica a implantação/nidação embrionária. O resultado é a incapacidade de engravidar ou a ocorrência da gravidez ectópica- gravidez fora do útero.

Já no trato reprodutivo masculino, a clamídia pode causar inflamação e obstrução dos epidídimos/canais deferentes, responsáveis pela coleta e pelo transporte dos espermatozoides dos testículos até a vesícula seminal e depois próstata. Por essa razão, a clamídia é uma das principais causas de infertilidade masculina.

Quais são os sintomas e o tratamento da clamídia?

Estima-se que cerca de 80% das pessoas portadoras da clamídia não saibam que estão infectadas. A rara ocorrência de sintomas e a necessidade de exames específicos para sua detecção fazem com que o diagnóstico seja o maior desafio no combate à doença.

Mulheres infectadas podem apresentar leves dores na região pélvica, corrimentos e outros sintomas que podem ser confundidos com sinais de uma infecção urinária, como ardência para urinar, pequenos sangramentos e dores ou incômodo durante o ato sexual.

Nos homens, algumas das possíveis manifestações físicas da doença são: dificuldade e ardência para urinar, necessidade de ir ao banheiro com maior frequência e secreção uretral anormal.

Tanto para os homens como para as mulheres é possível realizar um exame de sangue que testará a presença de anticorpos contra a clamídia,  indicando se houve contato com esta bactéria, embora não seja uma reação positiva para todos os casos.

Em ambos os casos, o tratamento da clamídia é feito por meio do uso de antibióticos por um período que pode variar entre 7 e 14 dias. Recomenda-se ao paciente que também evite manter relações sexuais durante esse período.

Qual é a melhor forma de prevenção?

A melhor forma de evitar o contágio por doenças sexualmente transmissíveis é o uso do preservativo. Afinal, além de todos os seus benefícios, a prevenção de doenças dessa natureza também contribui para uma gravidez saudável e tranquila no futuro.

O exame capaz de diagnosticar a clamídia não é solicitado corriqueiramente por ginecologistas e urologistas. Então, discuta com seu médico a possibilidade de fazê-lo. Se houver dificuldade para engravidar, conversem sobre a realização de exames para detectar infertilidade.

Como engravidar após tratar a doença?

As complicações causadas pela clamídia não significam o fim da esperança para pessoas que querem ter filhos, pois a criação e o aperfeiçoamento de técnicas de reprodução assistida têm levado a uma evolução contínua da medicina reprodutiva.

Entre os métodos existentes, um dos mais eficazes é a Fertilização in Vitro. No processo, os gametas são unidos em uma incubadora que simula o ambiente uterino. Em seguida, forma-se o embrião, que é transferido para o útero materno, onde a gravidez segue seu curso normalmente.

Enfim, como podemos ver, a clamídia é uma doença perigosa. Sua forma de agir sem apresentar grandes sintomas e os efeitos negativos de sua ação no sistema reprodutor podem levar à infertilidade. Portanto, ela deve ser evitada, combatida e tratada adequadamente por mulheres e homens que sonham em ter filhos.

Ainda assim, casais que dividem o desejo de gerar uma nova vida ainda podem realizar esse sonho, já que têm à disposição todos os avanços da tecnologia em reprodução humana.

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