Com as mudanças no estilo de vida, mulheres estão postergando a hora de ter filhos, e a gravidez após os 40 anos é cada vez mais comum. Para isso, elas contam com os avanços da medicina reprodutiva e, quase sempre, recorrem a um tratamento para engravidar.

Pensando nisso, elaboramos este texto, abordando desde as causas da infertilidade após os 40 aos tratamentos e dicas para uma gravidez com menos riscos. Confira!

Qual a relação entre a infertilidade e a idade da mulher?

relação entre idade e fertilidade é, sabidamente, o fator que mais afeta a capacidade feminina de gerar filhos naturalmente. Isso acontece porque, ao contrário dos homens, que produzem espermatozoides ao longo da vida, as mulheres nascem com uma quantidade finita de óvulos — cerca de 300 mil para a vida toda.

A cada mês, em média, 1000 gametas iniciam o amadurecimento, porém, apenas 1 é liberado, e os outros são perdidos, reduzindo o estoque ao longo do tempo. Dessa maneira, após os 40 a quantidade de óvulos é bastante reduzida.

Além disso, os óvulos envelhecem junto à mulher, portanto, com o tempo perdem qualidade, aumentando as dificuldades de implantação uterina e os riscos de abortamento e doenças genéticas.

Que tratamentos podem ser feitos para engravidar?

Felizmente, devido aos avanços na área de reprodução humana, hoje, é possível até engravidar na menopausa.

Sendo assim, mulheres em idade avançada devem procurar um especialista e realizar exames para detectar a infertilidade, a partir dos quais será indicado o melhor tratamento, dentre algumas opções viáveis:

Fertilização in vitro (FIV)

O procedimento consiste na união dos gametas — espermatozoide e óvulo — fora do útero, ou seja, em laboratório.

Além disso, a primeira etapa da FIV, envolve a estimulação ovariana por meio de medicamentos, induzindo os ovários a liberar mais óvulos, aumentando as chances de encontrar gametas viáveis para fecundação. Então teremos mais embriões para transferência direto ao útero, a segunda atitude que melhora as chances de gravidez.

Se tivermos embriões excedentes, eles poderão ser congelados para nova tentativa posterior, sem perda de qualidade e portanto sem diminuição das chances de gravidez.

Congelamento de óvulos

Uma das possibilidades para quem começa a pensar em engravidar, mas ainda não tem um futuro planejado, seria guardar óvulos congelados, colhidos ainda em idade mais jovem, quando eles tem um potencial ótimo de conseguir uma gravidez saudável . Esta é uma excelente tática, e quando chegar o momento certo, faz-se o descongelamento e fertilização. Mesmo com mais idade suas chances de gravidez permanecem em taxas de quando você congelou os óvulos.

A preservação da fertilidade necessita que se faça uma estimulação ovariana com hormônios e seguimento ultrassonográfico. Quando tivermos um lote de óvulos em estágio pré-ovulatório, colhemos e congelamos. Pode ser realizado mais que um tentativa; quanto mais óvulos maior a chance de encontrar um embrião saudável geneticamente para virar nenê!

O Conselho Federal de Medicina hoje, só limita ou melhor determina, que a idade para transferência embrionária é de 50 anos, necessitando de aval deste conselho para sua realização após esta data, o que complica a situação.

Doação de óvulos

A opção para mulheres que efetivamente não tenham mais óvulos viáveis é recorrer à doação de óvulos. No Brasil, a doação é ética e legal, desde que anônima e sem fins comerciais.

Nesse caso, apenas a doadora passará pelo processo de indução ovariana, e seus óvulos serão fecundados, em laboratório, pelos espermatozoides do marido da receptora, que tomará medicação apenas para preparar o útero para receber o embrião.

É uma excelente opção em termos de melhorar as chances de gravidez, uma vez que as doadoras devem ter menos que 35 anos, sendo assim óvulos com a carga genética com potencial máximo de gerar um embrião saudável. O que tem que ser discutido em consulta é que este embrião não terá nada do material genético da mãe e sim da doadora.

Inseminação Artificial

Quando a infertilidade está relacionada a problemas mais leves ou mesmo quando já esta tentando há mais de um ano sem um diagnóstico de infertilidade ( esterilidade sem causa aparente ), a inseminação artificial pode ser uma alternativa. Nela os espermatozoides mais capacitados são selecionados e introduzidos no útero, aumentando as chances de fecundação espontânea.

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Quais as principais dicas para reduzir os riscos de uma gravidez após os 40 anos?

Independentemente do método utilizado, ainda que a gravidez ocorra naturalmente, uma gravidez após os 40 oferece alguns riscos como a diabetes gestacional, pré-eclâmpsia e parto prematuro, além das maiores chances de o embrião apresentar doenças genéticas.

Sendo assim, é recomendado tomar alguns cuidados especiais para garantir uma gravidez saudável e minimizar os riscos. São eles:

  • evitar o consumo de bebidas alcoólicas e fumo;
  • controlar o peso e observar uma dieta saudável e balanceada;
  • tomar ácido fólico desde, pelo menos, 3 meses antes de engravidar, e durante o primeiro trimestre da gestação;
  • praticar atividades físicas, como caminhada ao livre para manter a vitamina D em ótimos níveis, pilates, hidroginástica, durante a gravidez;
  • manter um controle da ingestão de sódio ( sal ) na alimentação e os exames pré-natais em dia.

Como vimos, a gravidez após os 40 anos não só é possível, como cada vez mais comum, chamando a atenção para os cuidados que as mulheres devem tomar para ter uma gestação tranquila e com menos riscos de complicações.

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