A medicina tradicional chinesa, ao inverso da medicina ocidental ignora a estrutura anatômica, a causalidade e a dicotomia corpo-mente. Seus fundamentos se encontram na função, na analogia e no continuum corpo-mente, assim como podemos ver em outras abordagens holísticas do ser e da doença.

Quais as principais diferenças entre a Medicina Tradicional Chinesa e a Medicina Ocidental?

  1. A mesma palavra não tem o mesmo conteúdo na medicina chinesa e na ocidental: os rins representam na medicina chinesa, as funções atribuídas a eles na medicina ocidental, mas também parte de outras funções do sistema nervoso e do equilíbrio de energia do corpo;
  2. É perigoso querer sobrepor as duas medicinas, porque se baseiam em verdades diferentes, inclusive com envolvimento do equilíbrio energético como base fisiopatológica da saúde e doença, o que torna difícil comparar resultados pelo sistema cartesiano de causa –efeito segmentado em partes para análise do todo, imposto pela análise de resultados da medicina ocidental.

Os sinais e sintomas avaliados por ocasião do exame são reunidos em um quadro com o nome de Zheng, que representam o estado do paciente como um todo, em um dado momento, sendo traduzido como quadro clínico teórico, síndrome, modelo. Ele está no centro do diagnóstico em medicina chinesa e representam o princípio terapêutico que norteará as formulações da farmacopeia a ser utilizada, noções de alimentação, exercício, moradia, conduta e pontos de acupuntura.

Pontos de Acupuntura

Estes pontos de acupuntura, como lugares possíveis de intervenção no fluxo energético do corpo, são o elo das duas medicinas, uma vez comprovado a possibilidade de modificações nos níveis de endorfina causado por sua manipulação e interferência na evolução do estado de saúde física e mental do paciente.

Assim que desenvolvendo este raciocínio vamos evoluindo numa variedade incrível de modelos para serem tratados, demonstrando que cada indivíduo, adoece de sua própria forma com alternativas de doença e cura, muito maiores que na medicina ocidental.

A distribuição da energia do corpo Qi pode ser assim entendida:

– Zheng simples e gerais: deficiência de Qi ou excesso de Qi

– Zheng de deficiência ou de excesso de Qi de cada víscera

– Zheng de deficiência ou excesso, associando o Qi de várias vísceras

Baseado nestas questões de múltiplas escolhas é que faremos nossa intervenção. Elas se baseiam em modelos como guias que podem ser abordados de diversas formas, em momentos diferentes do indivíduo.

O entendimento de todas estas nuances é difícil para o ocidente, mas não invalida que possamos utilizá-la em sintonia com as técnicas de reprodução humana. Vamos lembrar que nosso corpo adoece do desequilíbrio de energia para as alterações da função do órgão e finalmente para a lesão do órgão. Uma vez lesionado não tem volta e a forma de resolução é substituindo, pulando e melhorando o que restou das alterações dos órgãos.

Como isso pode ajudar no tratamento de reprodução humana?

Assim é que podemos concentrar os espermatozoides melhores, pular etapas de fertilização dos óvulos, aumentar o número de óvulos a serem fertilizados para encontrar o embrião que resultará em gravidez, todas técnicas atuais que trouxeram as estatísticas de gravidez, a chances até 6 vezes melhores do que o natural e espontâneo.

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Mas isso não invalida que acrescentemos nesta receita pontos de equilíbrio de energia para melhorar sua resposta ovariana, diminuir sua ansiedade, atenuar as contrações uterinas que talvez dificultem a implantação embrionária ou modifiquem a posição do embrião na cavidade uterina, melhorem o fluxo sanguíneo uterino.

Lembrem-se que isto deixou de ser mágica e passou a ter base fisiológica, quando ficou estabelecido as modificações hormonais e particularmente das endorfinas, causadas pelas intervenções em acupuntura.

Podemos caminhar juntos em medicina tradicional chinesa e em medicina ocidental com tecnologias avançadas complementando tratamentos, somando resultados.

 

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